Visita a Comunidade Indígena na
Bahia da Traição
É necessário conhecermos as nossas raízes. Dentre os povos de nossa
origem os índios são os nativos desta terra.
No dia 03\06\2014 os alunos do
CJD (em sua maioria alunos do 9º e 8º anos) puderam visitar as comunidades
indígenas residentes em Baia da traição. Lá existem 31 aldeias
indígenas, as terras são consideradas reserva indígena, recebendo proteção
legal.
O objetivo era conhecer as tradições
indígenas e como é o índio real, no sentido de desmistificar o estereótipo indígena
construído pela mídia brasileira.
Estavam presentes os professores Franklim, Marnizete, Anderson e Raquel.
Os índios da baia da traição são todos de origem Tupi-guarani, e a
principal nação indígena no local é os
Potiguaras, índios Paraibanos que quase tornaram impossível a conquista da Paraíba.
Os Potiguaras eram uma das tribos
mais populosas da nação Tupi, desempenharam importante papel na guerra
holandesa com cujos povos se aliaram. Anos antes eles também foram aliados dos
franceses, que mantinham feitorias no estuário do Paraíba e Baía da Traição
(Acejutibiró) e de onde faziam incursões até a serra da Copaoba (Serra da Raiz)
para a extração do pau-brasil. Esses índios resistiram feroz e bravamente,
desde o início da conquista portuguesa.
Esse é o Pajé Antônio.
Esse foi o Cacique que nos recebeu e nos explicou toda a situação
indígena local.
A luta contra o colonizador no campo de batalha acabou, mas ainda hoje
os índios lutam para manter suas terras, lutam
na justiça por reconhecimento e respeito.
Chegamos ao fim da manha e fomos recebidos pelo cacique responsável e
depois pelo pajé.
Fomos apresentados a uma tradição de versos pelo pajé, em um grande espaço para reuniões e festas.
Os alunos participaram de uma das danças tradicionais da tribo, de
festividade e comemoração, a popular dança do toré.
Como na maioria dos grupos indígenas localizados no Nordeste, o toré é
uma importante prática ritual, capaz de balizar as diferenças internas,
projetando os grupos nas situações de contato. No caso dos Potiguaras, o toré é geralmente realizado nas comemorações
do Dia do Índio (19 de abril), sendo pensado como um “ritual sagrado” que
celebra a amizade entre as distintas aldeias, realçando o sentimento de grupo e
de nação. É uma dança que está na própria percepção e representação da
tradição coletiva, sendo, portanto, um elemento essencial para eles se pensarem
enquanto possuidores de um passado histórico comum.
(adicionar as demais fotos)